Lapiseiras, esfuminho, lápis borracha, régua paralela, esquadros, curvas francesas, esquadro regulável, compasso, normógrafo (que bicho é esse?), régua disso e daquilo. Desetec, Pentel, Faber Castel, Desegraf, Staedtler... Nossa, parece que faz muito, mas muito tempo que usávamos esses materiais para projetar. Desenhar na prancheta me fazia mais feliz, era muito cançativo, porém, mais artístico. No computador ganho tempo, precisão e qualidade, porém, perdeu-se o romantismo das mãos sujas de grafite. Fim do dia, cansada, os dedos cheios de grafite de tanto esfumaçar o sulfurize, ou papel vegetal, para trabalhos mais delicados. Lavar as canetas nanquim, uma a uma, com todo o cuidado para não entortar a agulha.
Passei noites e noites debruçada sobre a prancheta, detalhando móveis e criando objetos. Adorava os mínimos traços. Procurava revistas e livros nas bibliotecas que contassem a história do mobiliário. Algumas das peças abaixo achei em um livro muito antigo, era tudo em polegadas, coverti minuciosamente para centímetros. Isso há uns 14 anos atrás. Quando finalmente me rendi ao modernismo do computador. Na faculdade era o DOS, duas horas só para fazer o sistema funcionar, daí já dava o tempo da aula, pois tinham poucos aparelhos e eram divididos entre a turma.
Minha letrinha técnica é que nunca saiu como devia. Tão bem na régua e tão sem sentido de reta à mão livre.
Com vocês, algumas horas de prancheta, lá pelos idos de 1990...
Ainda hoje vejo meus projetos e fico com saudades da lapiseira e das réguas. Será que algum dia isso será retomado? Duvido!
O computador,pode poupar tempo,ser mais arrumado mas,o papel !uhm é o toque,o cheiro etc.
ResponderExcluirObrigada por partilhar essas laminas connosco.
BBs da
LUZ