Lapiseiras, esfuminho, lápis borracha, régua paralela, esquadros, curvas francesas, esquadro regulável, compasso, normógrafo (que bicho é esse?), régua disso e daquilo. Desetec, Pentel, Faber Castel, Desegraf, Staedtler... Nossa, parece que faz muito, mas muito tempo que usávamos esses materiais para projetar. Desenhar na prancheta me fazia mais feliz, era muito cançativo, porém, mais artístico. No computador ganho tempo, precisão e qualidade, porém, perdeu-se o romantismo das mãos sujas de grafite. Fim do dia, cansada, os dedos cheios de grafite de tanto esfumaçar o sulfurize, ou papel vegetal, para trabalhos mais delicados. Lavar as canetas nanquim, uma a uma, com todo o cuidado para não entortar a agulha. Passei noites e noites debruçada sobre a prancheta, detalhando móveis e criando objetos. Adorava os mínimos traços. Procurava revistas e livros nas bibliotecas que contassem a história do mobiliário. Algumas das peças abaixo achei em um livro muito antigo, era tudo em pole...
Resgatar a história de um móvel é manter nossas raízes. Renovar uma peça, da qual você está cansada, é dar uma nova chance ao que também tem história. Por mais que você pinte e renove, ela sempre terá seu desenho original, indicando uma época. Isso é respeito à nossa cultura e respeito ao meio ambiente. Sandra Guadagnin