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Mostrando postagens de julho, 2013

Gabinete de máquina de costura Singer - restaurado

Um móvel lindo, dos anos 60. Estava com partes queimadas e as lâminas soltando. Estava tão feinho que não tinha ideia de como consertá-lo. Então, um dia, abrindo e fechando a portinha e tampo superior, me veio a ideia de fazer um barzinho.  Pelo peso, senti que havia muita madeira maciça nesta peça. Por dentro, o "recheio" (esse sistema de montagem de móveis chama-se "sarrafeado") era todo em madeira maciça de Cedro, maravilhosa e em perfeito estado.  Aqui, o antes e depois da parte de trás. Todas as ripas estavam descolando, foi um trabalhão juntá-las novamente. Os pés são em madeira Marfim, extremamente dura.  A parte interna ficou com a lâmina original em Imbuia. Colei-a muito bem e coloquei travessas para suportar a base onde as garrafas ficarão. As ferragens (puxador e dobradiças) ficaram originais. A intenção era deixar o móvel com cara de gasto. Para isso pintei-o com esmalte sintético preto fosco. Depois de seco, lixei com lixa 240, a

O que fazer com uma caixa de bacalhau?

Antes da última Páscoa, passando por uma rua próxima a um hipermercado, me deparei com uma caixa de bacalhau da Noruega. Estava sem a tampa, porém, em perfeito estado.  Feito! Coloquei entre os filhos, no banco de trás do carro (ainda bem que o cheiro estava quase zerado). E agora, o que fazer com esse achado? Base para ganchos de cabide? Mesinha? Estante?  Decidi fazer um armário. Mais fácil e rápido. Assim era quando a achei. Mas tinham manchas de gordura no fundo, então na esperança de conter esse inconveniente, passei várias demãos de verniz acrílico, acreditem, não adiantou nada. Na verdade não queria mexer com outra tinta a não ser a base d'água. Por dentro, pintei de azul e passei verniz acrílico novamente. Fiz prateleiras novas, pintei-as com esmalte branco à base d'água também. Achei as prateleiras sem graça apenas no branco e colei fitas de tecido xadrez. E pendurei em um canto de minha cozinha. Juntei umas tralhas antigas, xícaras (deu para

Mergulhando no DIP DYE

É a tendência se reciclando. O "dip dye" é uma técnica antiga e popular.  Quem nunca teve uma canga tingida que erga a mão.  Ainda bem que tudo se movimenta. Agora a onda de "tingir" ou "mergulhar" também veio para a decoração.  Móveis e objetos em geral recebem banhos parciais de cores, pinturas feitas com pincéis, rolos, sprays ou, mais sofisticadas, como a laca. Dá para ir sempre além do que vemos. Um móvel velho e descascado pode receber parte nova com pintura e o resto permanece original. Sugestões é o que não faltam.  Tenho uma cadeira fofoqueira pronta para ser pintada. Estudei algumas cores, ainda não me decidi. Só sei que pintarei com tinta a base d'água, pois spray é sofrido demais (fiz uma peça, depois mostro aqui). A peça em seu estado original (veja outros modelos de fofoqueira aqui ) e abaixo algumas opções de pintura que pus em projeto. Sinceramente, gostei desta.  A madeira natural e nobre aparecendo e

Fileteado portenho

Com certeza, no trânsito da cidade ou em alguma rodovia, você já deve ter ficado atrás de algum caminhão, com carroceria de madeira toda colorida nas cores primarias. Pois esta arte tem nome, Fileteado. Tem origem na Argentina, especificamente em Buenos Aires. Segundo o blog Mandynga , a  intenção desta arte é copiar os sutis movimentos sensuais do tango. Mandynga é um atelier de fileteado, em Buenos Aires, além de trabalhos próprios, dão aulas da técnica. No Brasil, essa arte tinha força no passado. Foi muito expressada em carrocerias de madeira, de caminhões e camionetes. Os fileteadores se aposentaram e aos poucos as pinturas estão sumindo de nossas estradas. Se por aqui não se vê mais com tanta frequência, na Argentina, o verdadeiro fileteado continua muito presente. Aparece em fachadas, placas de ruas, bares e objetos variados. Provavelmente essa técnica tenha vindo com imigrantes italianos, e agora é patrimônio cultural da cidade de Buenos Aires.  Pintura alegre, per