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Mostrando postagens de setembro, 2010

Cadeira de coração.

Não, não são seus olhos, esta cadeira ficou perneta mesmo. Nem ousei perguntar como isto aconteceu. Mesmo porque a madeira tem seus pontos fracos, onde fica mais suscetível a rachaduras. Por isso no passado os marceneiros desprezavam tantas pranchas de Imbuia, pois onde tem nó é problema na certa. Uma amiga trouxe esta cadeira. Confiou em mim para deixá-la inteira novamente. Apesar de ser avessa a móveis de outras épocas, tem valor afetivo pela peça. O engraçado é que as pessoas me trazem móveis com todo o cuidado, carregando com delicadeza, para mostrar o quanto são frágeis e precisam de atendimento especial. E atendo cada móvel como singular. Vejo além da perna quebrada, do assento puído e do encosto deficiente. Vejo lá na frente, a peça pronta. Imagino dezenas de acabamentos para deixá-las bonitas novamente e reconquistarem seus donos. Aproveitando o coração, veja as cadeira a seguir. almada.olx decoeuracao   (olha a 1001 da CIMO aí de novo). flickr segundamao justmirrors.ne

Móvel "Fofoqueira"

Mesa ou cadeira "fofoqueira". Antigamente eram duas cadeiras, em forma de "S", onde duas pessoas se sentavam ficando quase de frente uma à outra, podendo assim, conversar sem ter de ficar com torcicolo. Mas chegou o telefone e um assento da tal cadeira subiu, virando mesinha de apoio para os aparelhos e listas telefônicas. O assento ficava quentinho de tanto uso contínuo. Imagine os namorados da época... Tinham de gostar muito um do outro, para ficarem um tempão sentadinhos aí, né?! Esta semana chegou para restauro uma "fofoqueira", em Imbuia, cheia de personalidade. Estava abandonada nos fundos de uma oficina até que uma alma sentimental voltou os olhos para ela e viu sua beleza. Sorte nossa. Trabalho pela frente. Tem mancha de tudo o que se pode imaginar. Seria uma ótima peça para divulgar algum produto milagroso, que tirasse qualquer resíduo. Mas, como é uma peça maciça, e de madeira boa, acredito que não será difícil restaurá-la. E cá entre nós, vai

Bienal Brasileira de Design - Curitiba

Fomos visitar a Bienal Brasileira de Design, no Fiep-Cietep, aqui em Curitiba. E ficamos encantadas com a recepção dos estudantes e com a organização geral. Tudo muito bem distribuído e especificado. Uma delícia percorrer os pavilhões. A exposição da CIMO está linda. Conta a história e os processos pelos quais os móveis passavam, desde a chegada da madeira até o despacho das encomendas. Exposição da CIMO, Fiep-Cietep  - Curitiba As cobiçadas cadeiras CIMO, todas com referência de data de fabricação e procedência (colecionadores). E a maravilhosa poltrona "Mole", de Sergio Rodrigues. Criada em 1957. Expressamente brasileira, quebrando os padrões da época, onde reinavam os elegantes pés-palito, e por isso foi uma peça que demorou a ser aceita no mercado. Porém, hoje, virou objeto de desejo. E está fazendo parte do acervo de design do Museu de Arte Moderna em Nova York. Tive o privilégio de conhecer Sergio Rodriques pessoalmente. Muito simpático e tranquilo. Não perdi tem

CIMO - Brasil

"MÓVEIS CIMO E A INDUSTRIALIZAÇÃO DO MOBILIÁRIO NO BRASIL - PARTE 1 Edição: 060, em 17/07/07 - Autor: Marilia Sugai Ogama - http://www.totalmoveis.com.br Em 1912, dois amigos de infância montaram uma loja em São Bento do Sul, Santa Catarina: a Yung e Companhia. Com os lucros desse novo negócio compraram um terreno em Rio Negrinho onde montaram uma grande serraria para produzir caixas para laranjas. A serraria foi crescendo, entrou no ramo do mobiliário, mudou várias vezes sua razão social até adotar, por volta de 1932, o nome de Martim Zipperer – Móveis Rio Negrinho – Sociedade Anônima. Aproximadamente em 1944, a fábrica Móveis Rio Negrinho junta-se às fábricas Irmãos Maida, Paulo Leopoldo Reu, Shauz & Buchmann, P. Kastrup & Cia, e Raimundo Egg, representantes e lojistas, passando a ser conhecida como Companhia Industrial de Móveis S.A. Nesta ocasião foi elaborada também a logomarca da nova empresa, que era compreendida de dois círculos concêntricos, um losango centra